Vacina para gatos: cuidado essencial


Os especialistas em medicina veterinária são unânimes: a vacinação é um pilar fundamental para manter seu gato saudável e feliz.

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A vacinação de gatos é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças graves e potencialmente fatais nos nossos amigos felinos. As vacinas estimulam o sistema imunológico dos gatos a produzir anticorpos que os protegem contra vírus, bactérias e outros agentes infecciosos.

Mas quais são as vacinas que os gatos devem tomar? E com que frequência? E quais são os benefícios e os riscos da vacinação? Essas são algumas das perguntas que muitos tutores de gatos têm e que vamos esclarecer nesse post.

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Quais os benefícios da vacinação?

Os benefícios da vacinação são evidentes: as vacinas protegem os gatos contra doenças que podem comprometer sua qualidade de vida e até mesmo levá-los à morte.

Além disso, as vacinas contribuem para a saúde pública, evitando a disseminação de doenças que podem afetar outros animais e humanos, como a raiva.

A vacinação apresenta algum risco para o meu gato?

Os riscos da vacinação são mínimos, se comparados aos benefícios. A maioria dos gatos não apresenta nenhuma reação adversa às vacinas, ou apenas reações leves e transitórias, como dor e inchaço no local da aplicação, coceira, sonolência, falta de apetite e febre baixa. Esses sintomas costumam desaparecer em até 48 horas e não requerem tratamento específico.

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Quais vacinas os gatos devem tomar?

As vacinas para gatos podem ser divididas em dois grupos: as essenciais e as opcionais.

As vacinas essenciais são aquelas que todos os gatos devem receber, independentemente do seu estilo de vida, idade ou raça. As vacinas opcionais são aquelas que podem ser recomendadas pelo veterinário, dependendo do risco de exposição do gato a determinadas doenças.

No grupo das VACINAS ESSENCIAIS, encontramos aquelas que protegem contra as seguintes doenças:

Panleucopenia felina: também conhecida como parvovirose ou enterite infecciosa felina, é uma doença viral que afeta o sistema digestivo e o sistema imunológico dos gatos, causando vômitos, diarreia, desidratação, anemia e leucopenia (redução dos glóbulos brancos). Pode ser fatal, especialmente em filhotes e gatos imunodeprimidos.

Rinotraqueíte felina: também conhecida como herpesvirose felina, é uma doença viral que afeta o sistema respiratório superior dos gatos, causando espirros, secreção nasal, conjuntivite, úlceras na córnea, febre e falta de apetite. Pode ser complicada por infecções bacterianas secundárias e levar a pneumonia. É uma doença crônica, que pode permanecer latente no organismo do gato e se reativar em situações de estresse ou baixa imunidade.

Calicivirose felina: é uma doença viral que também afeta o sistema respiratório superior dos gatos, causando sintomas semelhantes aos da rinotraqueíte, mas também podendo provocar úlceras na boca, gengivite, estomatite e artrite. Pode ser grave em gatos jovens e idosos, e também é uma doença crônica, que pode se manifestar periodicamente ao longo da vida do gato.

Raiva: é uma doença viral que afeta o sistema nervoso central dos mamíferos, causando alterações comportamentais, agressividade, salivação excessiva, paralisia e morte. É uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para os humanos, e não tem cura. A vacinação é a única forma de prevenção e é obrigatória por lei no Brasil.

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Já no grupo das VACINAS OPCIONAIS, encontramos as seguintes:

Leucemia viral felina (FeLV): é uma doença viral que afeta o sistema imunológico dos gatos, tornando-os mais suscetíveis a infecções, anemias, tumores e outras doenças. É transmitida pelo contato direto com a saliva, o sangue ou a urina de gatos infectados. Pode ser assintomática ou causar sintomas variados, como perda de peso, febre, letargia, diarreia, problemas respiratórios, linfadenopatia (aumento dos gânglios linfáticos) e abortos. Não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento e cuidados adequados.

Clamidiose felina: é uma doença bacteriana que afeta principalmente os olhos dos gatos, causando conjuntivite, secreção ocular, blefaroespasmo (contração involuntária das pálpebras) e fotofobia (aversão à luz). Pode ser transmitida pelo contato direto com as secreções oculares de gatos infectados ou por objetos contaminados. Pode ser tratada com antibióticos e colírios.

OBS: ” A vacina contra FeLV ser considerada essencial ou não essencial está em constante debate na literatura médica. Para a World Small Animal Veterinary Association (WSAVA), a vacina contra FeLV é considerada não essencial porque a frequência da doença varia nas regiões do mundo – em locais de maior prevalência, como a América Latina, os veterinários devem dar maior atenção à vacina contra FeLV. Já a American Animal Hospital Association (AAHA) e a American Association of Feline Practitioners (AAFP) têm outra posição, e afirmam nas diretrizes sobre vacinação felina atualizadas em 2020 que a vacina para leucemia felina é classificada como um dos imunizantes essenciais para gatos com até 12 meses de idade” ( informação: Universo da Saúde Animal)

Muito se fala em FIV ( comumente conhecida como a AIDS felina ). Existe vacina contra FIV?

FIV: Vírus da Imunodeficiência Felina. Trata-se de uma doença que pode afetar o sistema imunológico dos gatos e causar doenças como infecções, cancer e anemia. FIV não tem cura e no Brasil não existe vacina. Em outros países, existem vacinas contra FIV, mas elas não são amplamente usadas, pois têm algumas limitações e não protegem contra todas as cepas do vírus.

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Como garantir uma vacinação segura e eficaz para o gato

Para garantir que a vacinação do seu gato seja segura e eficaz, siga as seguintes recomendações:

Escolha um veterinário de confiança, que utilize vacinas de qualidade e que siga as normas de biossegurança.

Leve o seu gato ao veterinário antes da vacinação, para que ele seja examinado e avaliado quanto ao seu estado de saúde, peso, idade e histórico vacinal.

Siga o calendário de vacinação recomendado pelo veterinário, respeitando os intervalos entre as doses e os reforços anuais.

Evite expor o seu gato a situações de estresse, calor, frio ou contato com outros animais antes e depois.

Calendário de vacinação de gatos

O calendário de vacinação dos gatos pode variar de acordo com o fabricante das vacinas, o protocolo do veterinário e as condições de saúde do gato.

De maneira geral o esquema vacinal mais utilizado no Brasil é o seguinte:

Aos 2 meses de vida: 1ª dose da vacina polivalente (V3 ou V4)

Aos 3 meses de vida: 2ª dose da vacina polivalente

4 meses de vida: 3ª e última dose da vacina polivalente + vacina antirrábica

5 meses de vida: vacina contra FeLV (duas doses com intervalo de 21 a 30 dias) e vacina contra clamidiose (duas doses com intervalo de 21 a 30 dias), se indicadas pelo veterinário

A partir de 1 ano de idade: reforços anuais de todas as vacinas.

Calendário exemplificativo: consulte sempre um veterinário

V3, V4 e V5: o que é isso?

São as vacinas polivalentes. Elas são encontradas com os nomes de V3, V4 e V5 e a diferença está na quantidade de antígenos que cada uma delas contém , ou seja, quantas doenças elas previnem.

Para simplificar o entendimento: a V3 protege o felino contra 3 tipos de doenças, a V4 contra 4 tipos de doenças e a V5 contra 5 tipos de doenças felinas. 

A V3 protege contra:

  • Calicivirose
  • Rinotraqueíte
  • Panleucopenia

A V4 protege contra:

  • Calicivirose
  • Rinotraqueíte
  • Panleucopenia
  • Clamidiose 

A V5 protege contra:

  • Calicivirose
  • Rinotraqueíte
  • Panleucopenia
  • Clamidiose
  • FeLV 
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Mas qual eu devo aplicar no meu gato?

Você deve seguir as orientações de um veterinário. Somente esse profissional poderá definir qual o calendário vacinal ideal para seu gato.

Nem todas as vacinas podem ser aplicadas no animal, motivo pelo qual a orientação do veterinário é fundamental.

Dicas úteis:

  • Consulte sempre um veterinário para desenvolver um plano de vacinação específico para o seu gato, levando em consideração seu ambiente e estilo de vid
  • Mantenha registros atualizados das vacinas do seu gato.
  • Esteja atento a possíveis efeitos colaterais após a vacinação, como letargia ou inchaço no local da injeção. Consulte o veterinário se notar algum sintoma preocupante.

A vacinação é uma medida preventiva essencial para manter seu gato saudável e prevenir doenças que poderiam ser evitadas. Cuide do seu amigo peludo e dê a ele a proteção que merece!

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ogatolevi
Eu sou o Levi, um gato super charmoso e muito amado. Estou aqui para compartilhar informações muito legais, úteis e interessantes sobre o maravilhoso universo dos gatos.

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